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sábado, maio 18, 2024

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“Único Jeito”: unindo drill com funk, primeiro EP de Malik é uma viagem pelas ruas de São Paulo

Em “Único Jeito” seu EP de estreia, Malik chega apresentando seu mundo. Do ABC Paulista, o rapper usa o trap e o drill para sintetizar a atmosfera e o clima de São Paulo em experiência sonora. 

Com mesclas de referências, “Único Jeito” insere a estética sonora do Drill dentro da rítmica brasileira do Rap e do funk paulista. Dentre as influências brasucas, Malik bebe da água dos clássicos Racionais, Sabotage e RZO, mas também do contemporâneo Djonga. No funk, a atmosfera do Mandelão se faz presente. Das inspirações internacionais, Malik se nutre dos Baile Black dos anos 70 e 80 e de artistas europeus como Dutchavelli, Gazo e Pa Salieu. O resultado é um EP que versa sobre a realidade da juventude negra de São Paulo, passeando livremente entre  temas mais politizados à pura diversão dos fluxos nas quebradas. O EP já está disponível nas plataformas digitais.

Em “1. Único Jeito”, mergulha na realidade periférica dos corres do cotidiano, em “2. QAP”, o produtor musical Jun Alcan é subversivo ao inserir violinos em uma faixa carregada de fina agressividade. No single “3. Sexta-feira”, o artista vem com clima de “sextou” na favela, “contando malote” e mergulha de cabeça na estética e no sotaque do funk paulista de quebrada. Em “4. Não Quero Buxixo”, o rapper pesa a caneta e versa sobre sua impaciência com o racismo e os playboys. E por fim, “5. Cifrões ancetrais”, tem pitadas mais melódica sexy music, abrindo os caminhos para a última, “6. Hennessy, Henessy”, que é ácida e crítica ao narrar a trajetória da periferia no crime.

Com ÚNICO JEITO vim mostrar ao mundo o que o ABC Paulista é capaz. Todas  as neuroses que senti nesses 29 anos de vida estão expressadas nesses versos. O que vi e vivi. É mais do que só música, é um movimento constante da minha energia e das pessoas que me rodeiam. Um grito de liberdade. A primeira vez que ouvi “Fim-de-Semana no Parque”, do Racionais Mc’s, ainda criança, me fez criar o sentimento que me levou a traçar esse caminho. É como se eu não escrevesse as músicas, mas como se elas me descrevessem”, conta Malik.

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