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quinta-feira, maio 16, 2024

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O Festival Favela Sounds promove oficinas online e gratuitas 

O maior festival de cultura periférica do Brasil tem início no dia 08 de agosto com atividades de formação em temas ligados às narrativas periféricas. Estes eventos online ao longo do mês trazem oficinas gratuitas com o jornalista GG Albuquerque, o roteirista e ator Thiago Almasy e a escritora Juliana Borges.

Aproxima-se a sétima edição do Favela Sounds. Entre 28 de agosto e 2 de setembro, a programação de shows, oficinas e debates ocupa mais uma vez o Museu Nacional do Brasília e diversas RAs com atividades gratuitas pensadas para estimular a inclusão produtiva da juventude da favela e provocar encontros entre diferentes gerações e regiões periféricas do Brasil.

Iniciando os trabalhos em 8 de agosto, o Favela Sounds apresenta três oficinas online para público interessado de todo o país, todas elas conectadas ao tema da edição: As Muitas Formas de Narrar. 

Em 2023 o evento se volta a pensar os caminhos e potências das narrativas periféricas. Junta-se, portanto, a roteiristas, atores, diretores, escritores, poetas, rimadores e outros profissionais que se valem da palavra como ferramenta da transformação. Entre 8 e 25 de agosto, o jornalista e pesquisador GG Albuquerque, o roteirista e ator Thiago Almasy, e a escritora e ensaísta Juliana Borges apresentam atividades voltadas a apoiar na formação de jovens periféricos em temas ligados à criação e desenvolvimento de narrativas.

As inscrições gratuitas ficam abertas somente até o dia 1º de agosto através do favelasounds.com.br/links e cada oficina comporta no máximo 100 inscritos.

Confira as atividades online programadas: 

Estéticas e escutas periféricas, com GG Albuquerque

8 – 12 de agosto, das 18h às 21h

A oficina aborda a música produzida nas quebradas do Brasil com um olhar que combina crítica de arte, sociologia, filosofia, musicologia e comunicação. Nesta atividade, o jornalista e pesquisador GG Albuquerque traz novos olhares para o funk, pagodão, brega funk, tecnomelody e arrocha – expressões comumente excluídas das narrativas tradicionais sobre a cultura brasileira – apresentando-as como forças estético-políticas capazes de produzir inovação artística e cidadania pra quem mora nas periferias. A partir de uma perspectiva crítica decolonial, neste curso você vai entender como a música periférica levanta discussões importantes em torno do mercado da música digital, da modernidade e cosmopolitismo, da tecnologia, da imaginação e identidade.

GG Albuquerque é jornalista, pesquisador e doutorando em Estéticas e Culturas da Imagem e do Som pela Universidade Federal de Pernambuco. À frente das páginas/blogs Volume Morto e Portal Embrazado, é especialista em música periférica, tendo atuado em grandes portais e veículos do Brasil, tais como Vice Brasil, Portal Kondzilla, UOL Tab, Outros Críticos, Jornal do Commercio, Bandcamp, Revista Continente, Revista Noize, Monkeybuzz entre outros. Também apresentou documentário sobre a cultura do bregafunk pernambucano, produzido pelo Spotify em 2019, e foi curador dos editais Natura Musical em 2020 e Oi Futuro em 2021. 

Criação de roteiros para o audiovisual na web, com Thiago Almasy 

14 – 18 de agosto, das 18h às 21h

A oficina apresenta estratégias de desenvolvimento de roteiro para a web, tendo como foco diferentes plataformas e narrativas que potencializem o que se quer comunicar. O aprendizado é baseado na experiência do ator, roteirista e diretor baiano Thiago Almasy, criador do bem sucedido canal “Na Rédea Curta”, projeto transmidiático de sucesso no Youtube que, em 2022, tornou-se longa metragem homônimo nas mãos dos consagrados diretores Glenda Nicácio e Ary Rosza (dos filmes Café com Canela, Ilha e Até o Fim). Parte dos trabalhos de Almasy abordam o cotidiano periférico baiano e, na atividade, o roteirista debate formas de adaptar a metodologia clássica da escrita de roteiros às novas tecnologias digitais que reconfiguram dia a dia o audiovisual no contexto da web.

Thiago Almasy é um ator, roteirista e diretor baiano conhecido por criar e estrelar a websérie “Na Rédea Curta”, trabalho pelo qual foi indicado como melhor diretor de comédia no Rio Web Fest 2019. Formado pelo 28º Curso Livre de Teatro da Universidade Federal da Bahia, atuou no cinema e em mais de 14 espetáculos no teatro. Já escreveu roteiros para o Multishow, Amazon Prime e Netflix Brasil, e é sócio fundador da ÚLTIMA Plataforma, projeto de criação artística que investe em produções que intercalam cultura digital, audiovisual e artes cênicas. 

Entre a literatura e a luta: narrativas para os novos futuros, com Juliana Borges

21 – 25 de agosto, das 18h30 às 21h30

Nesta oficina voltada a jovens com interesse na produção literária, a escritora Juliana Borges apresenta processos narrativos que estimulam o engajamento em pautas fundamentais para a construção de futuros mais justos e equânimes. Como atingir a compreensão geral sem abrir mão de agendas fundamentais para uma sociedade mais equânime? Como usar o texto – seja qual for a natureza dele – como ferramenta de transformação de realidades? Estas questões conduzem o curso, que tem como objetivo motivar a escrita criativa a partir do repertório de vida dos participantes Ao longo das atividades, as vivências, territórios, paisagens e realidades do cotidiano dos participantes tornam-se instrumentos narrativos eficazes para se pensar combate à intolerância e, principalmente, para ampliar os exercícios coletivos do debate e da escuta.

Juliana Borges é escritora, ensaísta e livreira graduada em Letras, especialista em política criminal, segurança pública, relações raciais e gênero. Autora dos livros Encarceramento em Massa (2019, Coleção Feminismos Plurais) e Prisões: espelhos de nós (2020, Todavia), a autora tem atuação política contundente em torno de agendas antirracistas e dos feminismos negros, unindo a esta práxis um amor incondicional pela literatura, o que faz dela uma referência absoluta no debate sobre encarceramento da população preta, sobretudo feminina, no país. Seu apreço pelas narrativas periféricas a aproxima da realidade de favelas de todo o país, conectando-a tanto a contextos culturais das comunidades quanto aos espaços de poder, na política e na academia. Juliana é consultora do Núcleo de Enfrentamento, Monitoramento e Memória de combate à violência da OAB-SP e conselheira da Iniciativa Negra por uma Nova Política sobre Drogas. Foi secretária adjunta de políticas para as mulheres e assessora especial da Secretaria do Governo Municipal da Prefeitura de São Paulo. Está à frente da Livraria Tamarindo, especializada em literatura  anticapitalista, antirracista, feminista, antiespecista e antilgbtfóbica.

Em breve a programação da edição 2023 de Favela Sounds estará no ar. O festival é correalizado pela agência Um Nome, o Instituto Alvorada Brasil e o Instituto SOMA Cidadania Criativa, com patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC/DF), da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF e do Governo do DF. Conta também com a TV Globo como Emissora Oficial, e apoio do Museu Nacional da República. Marcas que desejam apoiar a iniciativa, que leva 55 mil pessoas a acompanhar programação gratuita anualmente, devem procurar a agência Um Nome ([email protected]). 

Serviço – Oficinas online do Favela Sounds 2023 

Data: 8 a 25 de agosto de 2023 

Inscrições gratuitas somente até 1º de agosto 

Link para inscrições: favelasounds.com.br/links

Vagas: 100 (sem pré-requisitos para a participação)

Contato para apoiar o festival: [email protected]

Redes sociais: @favelasounds

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