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sexta-feira, maio 3, 2024

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Produção inédita sobre arte urbana no Brasil traz depoimentos de Os Gêmeos e aborda as expressões de resistência, identidade e transformação

Ao contemplar as imagens que adornam os muros das cidades da América Latina, somos convidados a reconhecer a importância da arte urbana como um meio de representação, de diálogo e de conexão com as histórias que moldam o tecido social dessas comunidades.

A série inédita “Novo Mundo, Pintura de Rua na América Latina”, que vem sendo exibida com exclusividade no Curta!, e já está disponível no Curta!On – Clube de Documentários – nos lembra que a expressão artística pode ser uma poderosa ferramenta para criar mudanças, desafiar normas e inspirar esperança em um mundo em constante evolução. O episódio inédito “Brasil” – no ar nesta terça, 11, no canal – é dedicado ao país, especialmente na cena artística de São Paulo e do Rio de Janeiro, explorando suas características por meio de depoimentos de artistas urbanos e pesquisadores do assunto. A direção é de Belisario Franca e Juan Tamayo.

Em São Paulo, a cidade dos extremos, o artista urbano Alexandre Orion descreve uma megalópole que é ao mesmo tempo sonho e pesadelo. Com uma grande diversidade de pessoas em busca de uma vida melhor ou vivendo o desafio de sobreviver na cidade, São Paulo se torna uma caixa de pandora cheia de extremos sociais, políticos e visuais. Para criar algo significativo em escala, o embate com o concreto e o tamanho da cidade se tornam desafios poéticos para alcançar as pessoas e transmitir sentido.

OsGêmeos, artistas urbanos também de São Paulo, destacam a importância da cidade e da rua em suas vidas. “A gente cresceu aqui. Aprendemos desde cedo que se a gente não usasse a cidade seríamos usados de uma certa forma por ela. Então a gente teve que descobrir o que era São Paulo, o que é a rua”, relataram. Para eles, a arte de rua se tornou um meio de expressão e conexão com a comunidade, e, antes de ser apenas grafite, é uma questão identitária e pertencimento, algo como uma família.

A cidade do Rio de Janeiro, conhecida como a cidade maravilhosa, segundo a antropóloga Christina Vital, carrega consigo estéticas que ao longo do tempo dialogam com essa imagem manipulada pelos políticos em cada momento da história. Segundo ela, as produções artísticas, como os murais do Eduardo Kobra no boulevard olímpico, se tornam parte do marketing da cidade, unindo a natureza e o grafite como símbolos que atraem os olhares.

De acordo com o episódio, a arte urbana em terras brasileiras vai além de meras ilustrações nos muros. Essas imagens teriam uma estreita relação com os habitantes, refletindo uma conexão com a história e identidade dessas comunidades. O grafiteiro Acme narra: “o meu objetivo é provocar uma mudança de hábitos nas pessoas por meio de imagens. Busco utilizar a arte como uma forma de influenciar positivamente a sociedade, incentivando a transformação dos hábitos cotidianos”.

“Novo Mundo, Pintura de Rua na América Latina” narra como, através da arte urbana, grupos e indivíduos encontram uma voz poderosa nas ruas. A série é composta por oito episódios, explorando um país diferente a cada episódio. Além do Brasil, os outros são: Bolívia, Argentina, Chile, Peru, Equador, Colômbia e México. A produção completa pode ser assistida também no Curta!On – Clube de Documentários, disponível na Claro TV+ e em CurtaOn.com.br. Novos assinantes inscritos pelo site têm sete dias de degustação gratuita de todo o conteúdo.

A produção é da Giros Filmes e Tercermundo Producciones e foi viabilizada pelo Curta! através do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA).

Terça das Artes (Visuais, Cênicas, Arquitetura e Design) – 11/07

23h – “Novo Mundo, Pintura de Rua na América Latina” (Série) – Episódio: “Brasil”

As imagens que ilustram os muros das cidades modernas guardam uma estreita relação com os seus habitantes. Na América Latina, essa relação é ainda mais profunda, uma vez que a sua arte urbana nasceu ligada a processos de resistência, rebelião e transformação que marcaram as últimas décadas. A realidade de indivíduos e grupos silenciados na cultura “formal” ganha voz neste fenômeno social e estético, que traz à tona traumas, reivindicações e sonhos que jamais circulariam de outra forma dentro da indústria cultural.

A série explora um país diferente a cada episódio. Direção: Belisario França e Juan Tamayo. Duração: 60 min. Classificação: Livre. Horários alternativos: 19 de julho, quarta-feira, às 03h e às 17h; 20 de julho, quinta-feira, às 11h; 22 de julho, sábado, às 21h; 23 de julho, domingo, às 11h.

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