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sexta-feira, maio 3, 2024

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1° Festival da Frente Nacional de Mulheres do Funk acontece em São Paulo com entrada gratuita

A primeira edição do Festival da Frente Nacional de Mulheres do Funk é um projeto encabeçado por profissionais que desejam ampliar o círculo cultural onde o funk se insere para além da música. Com entrada gratuita, o evento acontece nos dias 29 e 30 de abril, a partir das 13h, no Centro de Formação Cultural da Cidade Tiradentes. Na programação, oficinas de produção musical, batalha de passinho, shows, desfile de moda, rodas de conversa, exposição de artes visuais, exibição de curtas e documentários.

A iniciativa propõe apresentar a pluralidade do funk pela perspectiva feminina, reunindo diversas linguagens artísticas, profissionais da cultura e comunidade. “Essa é uma ação cultural produzida exclusivamente por mulheres para que o olhar feminino seja ampliado dentro das estruturas artísticas do funk. Sua representatividade reflete a essencial importância e o profissionalismo da mulherada no movimento funk, sobretudo as mulheres negras que são invisibilizadas no processo artístico e profissional da cultura. E nós acreditamos que isso só será possível com a união da massa funkeira. Por isso, nosso line up é misto, embora mantenha a mulher como protagonista. É a partir desta união que a FNMF acredita ser possível dialogar com a juventude do funk como um todo, sejam homens, mulheres, cis, trans, pessos nb, a comunidade LGBTQIA+ e quem mais se interessar por conhecer este movimento tão transformador”, comenta Renata Prado, idealizadora, articuladora nacional e porta-voz da Frente Nacional de Mulheres no Funk.

Além de evidenciar a presença feminina, o projeto reúne grandes artistas da cena. Diversas vertentes do gênero estarão presentes: funk consciente, trap funk, mandelão, entre outras.

No dia 29/04, a programação é marcada pela exposição individual “Sobrevivendo no Inferno”, da artista Fernanda Souza, oficina de produção musical com o Dj Pablo RB, responsável por hits como “Bota na Pipokinha”, da MC Pipokinha, exibição do documentário “Mortos em Abril” seguido de bate-papo com os roteiristas e pesquisadores Guilherme Lúcio e Cabra, a Vereadora Elaine Mineiro (representante governamental da mandata coletiva Quilombo Periférico) e Fernanda Garcia (estudante de direito e irmã de Dennys Guilherme, jovem assassinato pela PM no baile da DZ7 em dezembro de 2019) sobre a violência policial e sua relação com a cultura funk, além do desfile de moda, assinado pela marca Shark, intitulado de “Bonde da Tony Country”, idealizado pela crocheteira e estilista Larissa Ramos.

Também vai rolar uma batalha de passinho com jurados conceituados no mundo do funk para garantir que a batalha seja de alto nível, valendo uma premiação em dinheiro para dançarines que dominam a cena do funk SP. No dia seguinte, a exposição “Sobrevivendo no Inferno” permanece aberta ao público e o festival recebe shows de MCs como Lalão do TDS, Nego Blue e Cebezinho. Na mesma data, acontecem os icônicos sets das DJs Gabi Nas, Menezes e Negaly. “Grande parte das atrações escolhidas para participar do Festival são moradores da Cidade Tiradentes, bairro do extremo leste de São Paulo, conhecido como o berço do funk paulistano. A curadoria foi construída coletivamente por todas as integrantes da FNMF”, completa Renata.

O Festival é um projeto contemplado pelo 19º Edital de Valorização a Iniciativas Culturais (VAI) da Prefeitura de São Paulo em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura da cidade de São Paulo.

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