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quinta-feira, abril 25, 2024

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Zudizilla descortina seus bastidores de vida e trajetória em EP visual inédito, “Manhã, Tarde & Noite”

Zulu, Zudi ou Zudizilla: quem é esse cara? Rapper, compositor e mais recentemente pai, sobre o que será que ele vem cantando – e achando da vida? O EP “Manhã, Tarde & Noite”, disponibilizado nas principais plataformas digitais na quinta-feira, 22 de julho, talvez explique tudo isso. Ou não, pois pra Zudizilla o momento agora traz mais questionamentos e reflexões do que, necessariamente, respostas.

E para mergulhar os fãs nestas importantes elucubrações, Zudizilla não poupa capricho em sua estética visual, lançando em paralelo o mesmo EP num formato completamente visual. “Sintonize”, “Típico” e “N. Word” são, respectivamente, a manhã, a tarde e a noite da história que o rapper gaúcho nos conta, a cada clipe projetando um traço único de personalidade do próprio artista.

Os clipes “Manhã, Tarde & Noite” serão revelados via o canal de YouTube do Zudizilla em partes: primeiro, segundo e terceiro vídeo serão publicados respectivamente nos dias 20, 21 e 22 de Julho – nos períodos da manhã, tarde e noite, nessa ordem. O EP sai por completo nas plataformas digitais na quinta-feira, 22 de Julho.

No clipe que representa a “MANHÔ, com a música “Sintonize”, que já havia sido lançada no disco anterior do rapper, de 2019, Zudi interpreta seu alter ego bon-vivant, que encanta quem o vê de fora, mas que dificilmente expõe suas batalhas do dia a dia. O jogo de golfe é um cenário emblemático aqui, porque traduz um momento de lazer de quem atingiu seu sucesso também na questão financeira. 

Mostro uma prática que no Brasil tem cunho elitista, mas que eu amo e com isso mudam-se as figuras também: o homem branco é o ajudante. Acredito que esse é o ápice para quem vem de favela e sempre teve trabalhos subalternos. Nesse momento o ‘artista’ Zudizilla se glorifica em sua sutileza”, detalha o próprio Zudizilla.

No vídeo da “TARDE”, da canção “Típico”, Zudizilla despe-se de qualquer outra interpretação e coloca sua paternidade no ponto central da narrativa. De acordo com o rapper, este segundo filme “trata do homem de família, do lugar ao qual todos sempre se imaginam, mas que não é transmitido quase nunca. Esse personagem que venceu na vida no primeiro vídeo também divide sua riqueza com os que ama”, aponta.

Por último, conhecemos o clipe da “NOITE”, com a faixa “N. Word”. Nele, Zudizilla assume uma performance mais densa e agradece por ser artista e pai, revelando na letra e por meio de flashbacks reais momentos importantes de sua carreira até aqui. “O terceiro filme é o indivíduo Zudizilla. Aquele que carrega os outros dois nas costas, que sofre e que lembra de todo o processo árduo até poder proporcionar os outros dois momentos para si e para os seus. Esse é o Zudizilla em sua forma mais pura”, completa o rapper.

A escolha de Zudizilla por reforçar este EP com uma narrativa visual cai justamente nas perguntas estampadas no começo deste texto: quem é este homem e sobre o que ele canta? A partir desta trilogia visual, Zudizilla possibilita ao público conhecê-lo mais  e de modo muito mais íntimo e sincero do que uma sequência de conteúdos aleatórios em suas redes sociais. “Eu gosto que meus audiovisuais completem a obra, e não a adornem como um mero laço de presente. Ela não é a embalagem, é parte do conteúdo”, ele reforça.

Paternidade

Em 2020 Zudizilla se tornou pai. Dayo é sua rima mais bonita, fruto do amor dele e de sua parceira Luedji Luna, também cantora e compositora. Orgânica e inevitavelmente, Dayo participa deste novo EP como um alento ao pai. É para quem Zudizilla canta e para quem ele quer deixar um registro desse tempo.

Quando perguntado sobre como ele espera que Dayo o escute quando for mais velho, Zudizilla responde: “Espero que ele consiga entender que seu pai curtiu, representou e sofreu na mesma intensidade – e que tudo isso fizeram dele artista. Não foi a capacidade de cantar ou de ter qualidades estéticas segundo ‘padrões x e y’. Quero que Dayo saiba que a arte de seu pai provém da pressão que sofreu deste sistema opressivo e que o fato de ter optado pela arte, independente da projeção que teria com ela, já é motivo para que ele interprete com carinho a jornada do pai, a minha jornada”, continua o rapper. “Dayo é o ‘my nigga’ a quem eu direciono o discurso da última faixa do EP e eu agradeço as bênçãos da vida, porque ele é uma delas.Talvez a maior de todas”, celebra Zudizilla.

Manhã, Tarde & Noite” abrem os caminhos para um período cheio de movimentações na carreira de Zudizilla. O artista prevê ainda para 2021 o lançamento de seu novo disco cheio “Zulu volume 2: De César a Cristo”.

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