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quinta-feira, março 28, 2024

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Z’África Brasil faz lançamento do disco ‘Ritual I’ no Sesc Belenzinho dia 30, com Thaíde, Amanda Negrasim e SP Funk

Grupo comemora aniversário de 20 anos de carreira

ZÁfrica Brasil no Sesc BelenzinhoZ’África Brasil, que comemora 20 anos de carreira, lança o álbum “Ritual I – A Vida Segundo os Elementos do Hip-hop” no Sesc Belenzinho (SP), dia 30 de maio (sábado), às 21h. O show tem convidados especiais, como o rapper Thaíde, a MC Amanda Negrasim e SP Funk. Os ingressos custam R$ 7,50 para comerciários, R$ 12,50 meia entrada e R$ 25,00 inteira. As 13 faixas inéditas do quinto disco independente dos MC’s Gaspar, Pitchô, Funk Buia e o DJ Tano, do Z’África Brasil, podem ser baixadas na internet gratuitamente aqui.

O novo CD do Z’África Brasi, com 52 minutos de duração, mostra um caldeirão surpreendente de sons pela mescla de ritmos, que vai do rap ao maracatu, passando pelo reggae e o samba rock. O percussionista, Fernandinho Beat Box, um dos fundadores do Z’África, ao lado do MC Gaspar, em 1995, participou de duas faixas desse trabalho, além da convidada Amanda Negrasim. Pela primeira vez, o Z’África gravou com a banda Z’africanos.

QUEM É O TERRORISTA ?  – A faixa mais impactante de “Ritual 1”, porém, é “Terrorista – parte 1”, que denuncia o avanço da repressão policial, principalmente nas periferias das cidades brasileiras. “A abordagem da polícia quase sempre trata a gente como terrorista. Mas são os policiais que levam o terror para nossas comunidades”, admite Gaspar. Irônica, a letra levanta uma dúvida e deixa uma pergunta no ar: “Quem é o terrorista?”. O arranjo cria uma atmosfera de suspense, enquanto várias patentes militares são sugeridas pela música como resposta à questão levantada até chegar ao Gabinete Presidencial. “Talvez o terrorista seja da corte marcial? Ou até mesmo do Gabinete Presidencial?”, diz um trecho da composição.

“Nos próximos álbuns, virá ‘Terrorista – parte 2’, que fará um relato das ações do Estado em nossas comunidades, mostrando os jovens que morrem anualmente nesta guerra disfarçada, convivendo diariamente com a repressão”, adianta Gaspar. O ciclo se fecha com “Terrorista – parte 3”: “Vamos falar dos terroristas que estão no poder, no Congresso Nacional”.

O disco faz uma homenagem ao ídolo norte-americano MC KRS One, um dos pioneiros da cultura hip-hop, que foi reverenciado pela ONU e a Universidade de Harvard e é o autor do livro “The of Gospel Hip Hop”. Em 2008, KRS One recebeu o prêmio Lifetime Achievement Award, por todo o seu trabalho e iniciativas como Stop the Violence Movement. No disco, a faixa “O Professor Está de Volta” é dedicada a ele, assim como “O Rap é Grande” é uma homenagem aos rappers brasileiros da geração dos anos 90.

 RESISTÊNCIA – “Ritual 1” é o primeiro disco de uma trilogia, produzida pelo MC Pitchô, e busca resgatar a essência do hip-hop, como estilo de vida, visão de mundo, produção de conhecimento e resistência cultural. “Fizemos uma síntese da nossa vivência na cultura hip-hop, a ideologia e o posicionamento político do grupo, cultivado a partir das tradições africanas, que influenciam nossas vidas e traz uma leitura dos choques e conflitos desse mundão, a partir de um olhar da quebrada”, diz Wagner de Oliveira, mais conhecido como MC Gaspar.

A resistência é uma das marcas do CD, afirma Gaspar. “Graças ao hip-hop sobrevivemos aos baques ao longo dessas duas décadas. Além da música, o engajamento natural, que temos em vários projetos sociais, funciona como um motor da nossa arte. É nessas experiências com as comunidades, iniciadas na região do Campo Limpo, Taboão da Serra, Capão Redondo (SP), e que se expandiram pela Zona Sul paulista, na luta para a construção do que chamados de verdadeiros quilombos vivos. Neles exercitamos a libertação, por meio da nossa cultura, repassando os ensinamentos da nossa arte aos jovens, onde aprendemos e contribuímos nas oficinas com foco na formação das novas gerações do hip-hop”, diz Gaspar.

A capa do disco foi inspirada no calendário da cultura Inca, com símbolos Adinkras do oeste da África. Nela, o desenho de uma mandala dourada destaca-se, com ícones impressos no centro do Z’África Brasil. Em volta, estão as representações da cultura Hip-hop: o spray dos grafiteiros; o vinil dos Djs; o microfone dos MCs e o tênis representa os B Boys. Os mapas do Brasil e do continente africano mostram as raízes do grupo, cercadas pelas figuras Adinkras, que representam cada música. A ilustração foi feita por Chambs Cong e a arte gráfica foi da Casa da Lapa.

Z’África Brasil

Dia 30/05/2015. Sábado, às 21h30.
Comedoria (500 pessoas – acesso para pessoas com deficiência).

Não recomendado para menores de 18 anos.

R$ 25,00 (inteira); R$ 12,50 (aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor da escola pública com comprovante); R$ 7,50 (trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo credenciado no Sesc e dependentes [Credencial Plena]).

Ingressos à venda pelo Portal Sesc SP (www.sescsp.org.br), a partir de19/05/2015, às 18h30, e nas unidades, a partir de 20/05/2015, às 17h30

Sesc Belenzinho
Endereço: Rua Padre Adelino, 1000
Belenzinho – São Paulo (SP)
Telefone: (11) 2076-9700
www.sescsp.org.br/belenzinho

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