“Eu não escolhi o samba para mostrar minha outra versão, acho que ele que me escolheu e eu, na verdade, demorei para aceitar e revelar isso dentro de mim”. É desta forma que Tássia Reis reflete a energia ancestral do samba, por meio do cavaco, do pandeiro e do batuque. A cantora e compositora paulista se conecta com o gênero musical desde o berço e, agora, convida a todos para se juntarem à ela neste canto que faz ode à vida, às amizades, ao movimento, a todos os artistas que formaram o samba. “Ofício de Cantante” chega às plataformas de streaming de áudio no dia 6 de setembro, e também celebra a carreira de Tássia, que, neste ano, completa uma década de trajetória. No dia 10 de setembro, Tássia Reis sobe ao palco Factory, na primeira edição do festival The Town, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, para fazer a estreia de um novo show, que inclui a performance inédita de “Ofício de Cantante”.
Ritmado com o swing do samba, “Ofício de Cantante” representa não só a conexão de Tássia com a sua negritude, mas também celebra os gêneros musicais com os quais ela cresceu. Ao versar “Se eu tocasse um instrumento / Ia fazer lamento no meu violão /Mas eu só canto, trago o meu encanto / Disfarço o meu pranto / E firmo bem forte na palma da mão”, ela enaltece seu ‘ofício de cantante’. “Para mim, o samba era uma vivência de comunidade, é a história da minha família, foi como meus pais se conheceram e onde me entendi como artista e também como gente”, explica Tássia, que imerge no ritmo musical como forma de reverenciar Leci Brandão, Jovelina Pérola Negra, Fundo de Quintal e tantos outros nomes que a formaram.
Com o espetáculo “Tássia Reis Canta Alcione”, que rodou o país ao longo do último ano, Tássia se encontrou com Fejuca (que assinou a produção e direção musical dos shows com repertório de Alcione). Juntos, eles foram lapidando a versão que hoje é apresentada de “Ofício de Cantante”. “Essa canção acessa muitos lugares dentro de mim, é sobre a minha profissão, meu ofício de cantante, o que eu escolhi mas que também me escolheu” comenta a cantora. A faixa traz Fejuca como produtor e instrumentista. “A gente quis mesclar as minhas vivências com toda a minha formação sonora como artista”, completa Tássia.
Ao longo dos seus 10 anos de carreira, a cantora reflete sobre o poder ancestral do samba em sua e muitas outras vidas negras. “É mais profundo do que imaginamos e sabemos sobre nossa história enquanto negritude, enquanto África mesmo. Para mim, é uma reinvenção da ancestralidade, por mais que ainda faltem documentos e papéis sobre as nossas origens, o samba traz essa reconexão e o pertencimento. Essa é uma de suas magias”, declara Tássia. Toda a movimentação refletida pelo gênero musical atravessa gerações e se torna ponto de encontro para Tássia e todos que a rodeiam.
Agora, Tássia manifesta a sua potência na primeira edição do festival The Town, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, no dia 10 de setembro. “Ofício de Cantante” integra uma performance inédita que também enaltece a carreira da artista. “Celebraremos com alegria e paixão as canções que venho entoando ao longo dessa última década. É uma honra poder levar essa canção para o palco da primeira edição do The Town”, finaliza a compositora.
