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quinta-feira, abril 25, 2024

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Sarau na Quebrada: O funk como direito cultural e expressão territorial

O Funk como direito cultural e expressão territorial é 2º live de 4 encontros, que ocorrerá no dia 18 de março, às 20h, entre o mês de março e abril, promovida pelo coletivo Sarau na Quebrada, que nasceu do projeto Direitos Culturais e Direito à Cidade, aprovado ano passado, no edital de Santo André, da Lei Aldir Blanc nº 14.017. Lucas Bola, produtor cultural; Neta Lavor, fotógrafa e produtora cultural; o artista Michael Henrique, Rimador e estudante de ciências humanas, são os convidados do encontro, que será mediado pela articuladora cultural, Gláucia Adriani.

O projeto surgiu da necessidade da criação de estratégias para que haja maior adesão de um público plural nos conselhos participativos, buscando soluções para diminuir a distância entre o poder público e a sociedade civil, seja na comunicação ou em ações direcionadas em prol da sociedade, que pouco pode refletir seus reais interesses devido à sua ausência, se indígenas não participarem, se quilombolas não participarem, se favelados não participarem, dificilmente suas pautas serão levadas em consideração.

O conselho participativo é uma ferramenta de controle social instituído desde 1988 na constituição federal, que permite à sociedade civil, por exemplo, tomadas de decisões sobre o destino da verba pública e a sua fiscalização, elaboração de políticas públicas – que estejam em consonância com aspirações de interesse coletivo – garantindo, assim, uma gestão pública horizontalizada, promovendo o fortalecimento da democracia.

A própria Lei Aldir Blanc, aprovada em junho de 2020,  que destinou 3 bilhões de subsídio para atender trabalhadores da cultura prejudicados durante a pandemia, é um exemplo de controle social, que para melhor interpretação da diversidade cultural e coerência da aplicabilidade da lei, contou com a participação de vários movimentos sociais, entidades, sociedade civil, que foram ouvidos numa esfera nacional.

Embora isso represente um avanço, existem ainda grandes lacunas ao seu falar de controle social, direito à cultura, e direito à cidade – conceitos que, aliás, andam juntos. A cultura consiste por ser um conjunto de atributos identitários, linguagem, indumentária, grupo linguístico, crenças, valores, o que não é alheio ao indivíduo ou grupo, como muitas pessoas erroneamente acreditam, por tanto, defender o direito a cultura, é sobretudo defender o direito à vida, pois pela raça, gênero, classe, pessoas e grupos são assassinadas,  exclusas de espaços públicos, de forma indireta, através de atitudes coercitivas punitivistas.

A discriminação racial, o machismo, lgbtfobia são em suma o espelhamento de uma sociedade organizado apenas para atender um padrão ideário, preetabelecido por uma moral hegemônica, que apenas legitima o que é do seu interesse e não aceita a diversidade cultural, tornando evidente  que o direito à cultura, à cidade, na prática não acontece para todes, desse modo, que são coresponsáveis, primeiro pela morte simbólica, depois pela que mata a carne.

Essa série de live: O direito à cidade a participação social: o hip hop como patrimônio cultural; O funk como direito cultural e expressão territorial; O carnaval como direito e resistência cultural; Direito à cidade e a preservação ambiental propõe um chamamento para expansão do debate.

Lucas Bola

Produtor Cultural, potencializando a cultura da favela. Idealizador da Batalha do Bolinha, uma roda de Funk e Rap, que acontece na Ocupação Nova Titan, Vila Suíça e na Praça Lamartine no Jardim Santo André.

Gláucia Adriani

Educadora social , poeta, agitadora cultural e articuladora  do Coletivo Sarau na Quebrada

Neta Lavor

Fotógrafa e produtora cultural, integrante do Coletivo Literalmente Favela,

Estudante de Cinema, moradora do Jd. Santo André

Serviço:

Onde: https://www.facebook.com/saraunaquebrada

1º live, dia 11/03, às 20h00

O direito à cidade  a participação social: o hip hop como patrimônio cultural

No link:  https://www.facebook.com/events/186850239545225/?ti=ls

2º live, dia 18/03, às 20h00

O funk como direito cultural e expressão territorial

3º live, dia 25/03, às 20h00

O carnaval como direito e resistência cultural

4º live, dia 01/04, às 20h00

Direito à cidade e a preservação ambiental

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