quinta-feira, janeiro 16, 2025

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RZO faz reflexão sobre a liberação de armas em clipe, “As Armas Que Matam”

RZO estreia clipe de “As Armas Que Matam”, faixa pesada e realística, uma reflexão poética e visceral do grave problema social que são as armas de fogo e seu uso letal no cotidiano da sociedade brasileira.

O grupo fez seu retorna a cena com o álbum, “Quem Tá No Jogo”, com 15 faixas inéditas trazendo o que há de melhor e mais afiado em termos de rimas e batidas, sempre disparadas diretamente da Zona Oeste de São Paulo.

O combustível para a composiçao da música foi uma discussão virtual entre Helião e um deputado que defende a liberação das armas de fogo. Nos últimos anos, alguns parlamentares queriam revogar o Estatuto do Desarmamento e reduzir a idade mínima de compra e venda de armas de fogo, alem de estender o porte. A discussão que começou na internet e fez Helião pensar: Vou fazer uma música pra esse “cara”. Com uma batida potente, produzida por Dj Cia, a música relata o quanto esse tema é pesado e merece nossa atenção.

A realidade das estatísticas são alarmantes, como o absurdo número de 41.817 pessoas assassinadas em decorrência do uso de armas de fogo em 2015 no Brasil, e são retratadas em forma de rimas e poesia, como denuncia um trecho da música: “Inundar a sociedade com armas de fogo é arriscado demais”.

Os níveis da violência no Brasil assustam. E mesmo inseridos num contexto de crise econômica, política e social, ainda assim são expressivos e cruéis: em 2016, essa escalada chegou ao seu ápice e a espantosas 61.619 mortes violentas intencionais, ou seja, são 168 mortes por dia, 07 mortes por hora em todo o Brasil. Como retrata a letra: “Alguém matou com uma arma hoje”.

Como se toda essa barbarie não bastasse, os dados comprovam: existe um genocídio da população jovem e negra em andamento no país, pois a cada 100 vítimas de homicídio no Brasil, 71 são negras e 76% das vitimas de intervenções policiais tambem são negras. Finaliza a letra: “Impunidade, racismo, corrupto faz festa. Revólver não presta. Uma simples defesa, ou mata ou aleija”. Cuidado com as armas que matam.

Idealizado pelo integrante do grupo Sandrão, o videoclipe foi dirigido por Elder Fraga, que já está na área a mais de 24 anos, é cineasta, diretor de produção em teatro, roteirista e ator.

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