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quinta-feira, abril 18, 2024

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Rincon Sapiência narra as vivências da quebrada em “Cotidiano”

A brasilidade do violão aliada à batida de funk dão o tom da música. “Nós segue a meta porque a meta é recuar jamais. Não sai da área de conforto quem tá rodeano. E nunca ache que o seu sonho é querer demais, lembra do corre que é feito no cotidiano”, dizem os primeiros versos despejados na voz e no flow inconfundíveis de Rincon Sapiência. Assim começa “Cotidiano”, novo single que o cantor e compositor, da Zona Leste de São Paulo lança através da Altafonte.

A faixa traz células do funk rasteiro e conta o dia-a-dia da periferia, que apesar das dificuldades, se mantém confiante. A letra soa como incentivo para se seguir em frente. A faixa é produzida por Oldilla Beats, jovem produtor também da Zona Leste de São Paulo. “A ideia é trazer um texto para a periferia se identificar. É importante ter orgulho do nosso lugar de origem, sem abrir mão do desejo de ver as coisas mudarem pra melhor. O momento social do mundo pede muito isso”, acredita Rincon.

Cotidiano” está disponível nas plataformas digitais.

Ele explica que no contexto histórico do Brasil, o cotidiano do homem preto e da mulher preta sempre foi sobreviver, mas viver também é importante.

Aproveitar o momento, as formas que a periferia criou de sociedade. Muitas vezes é esgoto a céu aberto, mas também tem árvores, áreas verdes, praças. É falar sobre progresso, saúde, não necessariamente sobre estar numa mansão, morar no bairro X, ou ter um carro Y. É mostrar as outras formas de viver bem”, desenvolve o rapper, que mesmo citando referências automotivas, grifes, costura um texto que frisa também a importância das coisas simples: “...cheio de marca nessas roupas isso custa caro, se não tem grana pra comprar pode ficar tranquilo. Quem nasce no berço de ouro o dinheiro compra, mas veja bem é maloquêro é quem tem estilo”.

A principal referência desta música é o funk consciente, vertente do ritmo que tem se destacado em São Paulo e vem narrando a convivência nas comunidades, mostrando as vielas das quebradas nos clipes, assim como fazia o rap nos anos 90. “Tem um bonde fazendo músicas incríveis como MC Lipe, Paulin da Capital, Kayblack, Hariel e Menor da VG. Tenho curtido bastante, porque vejo como as pessoas recebem essas mensagens e cantam emocionadas. Por isso me senti à vontade de trazer essa energia pra minha música também”, justifica.

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