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sexta-feira, março 29, 2024

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Renegado e Elza Soares apresentam “Black Power”, terceira colaboração musical da parceria

Black Power” é o sexto single do novo álbum do cantor, compositor e rapper Renegado. Produzida pelo hitmaker Umberto Tavares, produtor musical do disco, a faixa que marca a metade do álbum, traz a participação especialíssima de uma unanimidade da música brasileira, a cantora e compositora Elza Soares em seu auge pessoal aos 91 anos.  

A terceira colaboração musical entre Renegado e Elza Soares consagra a parceria iniciada quando Elza se declara madrinha artística do cantor, ainda no início de 2020. Uma das curiosidades do single “Black Power” é sobre as gravações das vozes de Elza Soares e Renegado. A pedido dos dois artistas, as vozes gravadas em meados de julho ganharam nova versão após a inédita medalha olímpica da jovem atleta Rebeca Andrade da ginástica artística feminina. A identificação da letra com o feito histórico da atleta brasileira foi imediata. Uma menina negra também de origem humilde e batalhadora, como Elza e Renegado, inspirou a dupla a cantar novamente a música e imprimir toda emoção e inspiração que chegou do outro lado mundo. Nomes como Martine, Kahena, Ítalo, Ana Marcela, Abner, Alison, Laura, Luisa, Rayssa, Thiago, Mayra, Daniel, Bruno, Fernando e toda delegação olímpica brasileira foram inspiração para o canto de Elza e Renegado, que assistiam as reprises de cenas emocionantes das conquistas enquanto gravavam a nova versão da voz. A música nasceu como um protesto amoroso diante do flagelo social enfrentado principalmente por meninas e meninos negros e agravado ainda mais pela pandemia da Covid-19.

A sorrateira face do racismo estrutural vivida na pele, no cabelo e no corpo de jovens como Kathlen, grávida morta a tiros no Rio de Janeiro, o professor mineiro João Luiz, participante do BBB que foi alvo de brincadeiras racistas sobre seu cabelo Black Power, mais recentemente o menino Gabriel, filho da apresentadora Astrid Fontenelle, ao enfrentar uma situação tipicamente provocada pelo racismo estrutural e dezenas de milhares de histórias diárias que deixam cicatrizes profundas em nosso povo, também foram combustível para a gravação da música.

A consolidação dessa parceria entre Elza e Renegado acontece com o lançamento de “Negão Negra”, a primeira colaboração entre os artistas, música que alcançou o sucesso de público e crítica, foi destaque na imprensa, celebrou videoclipe lançado no Programa Encontro, ganhou as rádios de todo país como hino antirracista que fez parte dos protestos iniciados com o assassinato de Jorge Floyd e se tornou uma das músicas com mais plays nas plataformas de música dos dois artistas.

O segundo lançamento fonográfico da parceria foi a moderna versão de Divino Maravilhoso, clássico de Gilberto Gil e Caetano Veloso, música gravada por Elza e Renegado para a trilha sonora da série Amor e Sorte da TV Globo. A rica colaboração entre estilos e gerações, a princípio tão diferentes, foi o tema central do documentário americano Gerações, produzido pelo time internacional da Red Bull, em que Elza e Renegado são os protagonistas e contam a história desse encontro e tudo mais que ele representa. Em época de Lives, do estúdio, a parceria musical ganha os palcos virtuais com uma sequência de Lives-show e transforma-se no espetáculo Onda Negra que tem sua estreia em dezembro de 2020 no palco do Teatro Municipal de São Paulo como headliner, show eleito pelo jornal Folha de São Paulo como o melhor show daquela edição da Virada Cultural de São Paulo. Na sequência o show ganha turnê nacional em 2021 e já com uma dezena de datas confirmadas para a circulação nacional presencial em 2022.

“Black Power” é uma maneira de coroar essa parceria de amor entre mim e a rainha e uma das armas que temos para lutar diariamente contra os efeitos nocivos do racismo estrutural. Quando pensei em um álbum de dose faixas com dose feats, o primeiro convite era dela, da Elza, dessa artista fenomenal e incomparável que tenho a honra de chamar de madrinha. A música é uma porrada, um soco no estômago do racismo e dos racistas, mas de uma forma amorosa, sem querer colocar fogo em ninguém. Nossa música pede ao mundo pra deixar nosso povo preto viver, brincar, ser feliz, respirar. Deixa o Alison correr, deixa a Rebeca brilhar, deixa a Kethlen viver, deixa a Rayssa sonhar. É lógico que o protesto tem seu momento raivoso, feroz, principalmente no rap que eu faço na música, mas tem muito trap samba e muito balanço também. Não dá pra falar do flagelo vivido por nossa gente, sem sentir revolta por isso. Elza é a rainha que chega na música com aquela voz de trovão inigualável, aquela performance simplesmente espetacular, bate forte no racismo, mas acolhe e ensina com amor. É assim, Black Power. É sobre amor, sobre lutar por nossos direitos, é sobre celebrar nossa gente, nossa cor, nossa resistência, nosso Black Power. Compor, produzir, gravar a terceira música junto com a rainha é um dos maiores presentes e privilégios da minha carreira, da minha vida. Tô feliz demais, mano” – comentou Renegado.

Meu Deus, gentem, eu fico é muito emocionada de ver minha parceria com o Renegado crescendo ainda mais. Quando descobri esse menino senti de novo aquele frio na barriga que sinto quando coloco os olhos em algo realmente bom, que me emociona mesmo, cara. Foi assim com tanta gente maravilhosa, como o Vander Lee, Seu Jorge, Jorge Aragão, Clara Nunes e tantos outros amigos de trabalho que pude ajudar de alguma forma, sei lá, apresentar pro mundo. Eu e Renegado já fizemos coisa à beça juntos e nem essa pandemia horrorosa parou a gente. Agora é a vez dessa música nova (Black Power) que gentem, eu tô apaixonada, juro! Cantei a plenos pulmões, com toda minha força, meu amor, minha raiva, com tudo que eu queria passar com minha voz nessa música. Com meu protesto pelo nosso povo negro, com meu prazer por cantar ao lado de um artista tão qualificado, tão batalhador, tão amoroso e que se depender de mim será reconhecido assim pelo mundo inteiro. Eu pedi pra cantar a música outra vez depois da medalha da Rebeca, do caso do Gabriel da Astrid e também depois dessa inspiração toda que vem dos nossos jovens do outro lado do mundo. Deixa a menina viver, deixa o menino brincar, deixa, não é isso?  É sobre respeito!” – comentou Elza Soares.

O single está disponpivel nas plataformas digitais.

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