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sexta-feira, março 29, 2024

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Preta-Rara lança seu primeiro disco solo, “Audácia”

Depois de dez anos de carreira, Preta-Rara libera o disco “Audácia”, na internet. A rapper segue o exemplo de outros artistas que apostam nas redes sociais para divulgar o trabalho. Em novembro, o disco, no formato convencional, será apresentado num show de lançamento, em Santos, litoral de São Paulo.

O disco tem oito músicas, duas poesias e uma faixa surpresa, que presta homenagem a diferentes mulheres que influenciaram Preta-Rara. Com participações de Mel Duarte e Akins Kintê, o primeiro trabalho solo da cantora, saiu do papel depois de ser contemplado, em 2014, pelo Fundo de Apoio a Projetos Independentes de Santos/SP. Como contrapartida do projeto, Preta-Rara vai ministrar oficinas de turbante em comunidades carentes da cidade. A inciativa de lançar “Audácia” nasceu após uma participação no show do rapper Criolo, no SESC/Santos, em maio de 2013.

Quando ainda era mais conhecida como Joyce Fernandes, Preta-Rara já escrevia poesia. Com 12 anos de idade, ela começou a se interessar pela rima, muito antes de fazer rap. “Meu pai era colecionador de discos. Ele não achava legal mulher cantando rap. Dizia que rap tinha que ter uma voz de peso”, conta Preta. Anos depois, o pai acabou mudando de opinião. Nascida e criada em Santos, a rapper, que hoje tem 30 anos, começou a cantar na igreja, junto a família. Mais tarde, já com 20 anos, ela montou o grupo Tarja Preta. A parceria durou até 2013, quando a artista resolveu seguir carreira solo.

Nas músicas, Preta fala sobre empoderamento feminino, racismo e ainda sobre temas do dia a dia, como os relacionamentos namorosos que já viveu. Como professora de história, ela também utiliza as rimas em sala de aula. “Eu uso muitas músicas de outros rappers também e já fiz oficina de turbante”. Preta-Rara leciona em uma escola no bairro Humaitá, periferia de São Vicente, no litoral de São Paulo.

Militante, ela começou a participar de grupos de discussão sobre feminismo e cultura negra quando estudava no cursinho pré-vestibular Educafro. A partir daí, virou também turbanista. Ensina como fazer as amarrações e, o mais importante: exaltando a beleza da mulher negra. “Minha aceitação com o cabelo demorou. Minha melhor amiga de infância era loira, o cabelo dela voava e eu achava lindo. Com cinco anos, eu pegava uma fronha e amarrava na cabeça”, lembra a rapper. Hoje, Preta-Rara chama atenção com suas longas tranças e turbantes coloridos.

O disco “Audácia”, está disponível para compra via iTunes.

+em www.facebook.com/pretarara

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