A educação brasileira enfrentou vários desafios durante a pandemia do coronavírus em 2020, sendo o acesso às novas tecnologias e a familiaridade dos alunos e dos professores com elas, um dos seus principais.
Para se ter uma ideia, uma pesquisa realizada em 2020 pela Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED) sobre as atividades remotas na educação durante a pandemia, mostrou que aproximadamente 41% dos alunos enfrentavam problemas como falta de conexão com a internet e 10% não tinham um dispositivo sequer (celular ou computador) para realizarem as aulas.
Ao mesmo tempo, a pandemia acelerou o crescimento do mercado digital no Brasil, ou seja, as pessoas se adaptaram às novas experiências de consumo de produtos e serviços relacionadas às novas tecnologias oferecidas pelas empresas que buscavam um jeito de se conectar com seu público estando de portas fechadas e com isso, empresas e profissionais que nunca se preocuparam com a oferta digital, tiveram que acelerar a inclusão de seus produtos nesse novo mercado, através de apps, sites e novas tecnologias para manterem seus caixas ativos.
A economia digital cresceu de uma forma tão grande no Brasil nesses últimos dois anos, que comparado ao mesmo período de 2020, por exemplo, só o varejo digital aumentou 72,2% no primeiro trimestre de 2021.
O mercado dos games também é um outro grande exemplo que foi impulsionado pela pandemia no Brasil e segundo a Newzoo, o Brasil já é o maior em receita de jogos da américa latina e 12º do mundo.
Com o crescimento dessa nova economia, cresce também a procura de profissionais especializados para essas novas atividades antes não tão exploradas, não é atoa que um dos desafios da área do mercado de Games no Brasil é achar mão de obra qualificada.
Resumindo, o mercado digital é um mercado muito promissor, cerca 87,5% das empresas do país realizaram alguma iniciativa relacionada à transformação digital em 2020, segundo a DT Index 2020.
Portanto, pensar em um modelo de educação que não inclua as novas tecnologias de maneira prática e que não forneça o conhecimento básico tecnológico para que o aluno(a) consiga se inserir dentro desse novo ambiente, é impedir que ele cresça economicamente.
Um estudo publicado pela Universidade da Califórnia que examinou o acesso à banda larga no Brasil entre 2000 e 2009, mostrou que profissionais que tiveram acesso à nova tecnologia tiveram um aumento de até 19% em suas rendas.
Segundo o estudo, as novas tecnologias tornaram os trabalhadores produtivos ainda mais qualificados e competitivos e isso ampliou os seus salários.
O problema é que o Brasil é um país muito desigual também quando o assunto é acesso a tecnologia, todo esse poder de produção e de geração de recurso no ambiente virtual não chega nas mãos daqueles que mais precisam, mas já está mais que claro que pensar em uma educação que vive e respira esse ambiente e combater a desigualdade no acesso às novas tecnologias, é uma das maneiras para se fortalecer a economia do país, através da geração de emprego e consequentemente do aumento da renda das famílias.
Só que para que tudo isso aconteça, precisamos de mais força de vontade das nossas lideranças políticas em fazer o ambiente digital se tornar realidade para a garotada nas escolas públicas e fazer com que aqueles que planejam as grades curriculares entendam que ensinar o digital vai muito mais além do que só ensinar a acessar a internet e fazer uma planilha no computador.
Texto escrito por Dree Oliveira, publicitário e ativista. Adriano de Oliveira é pré candidato pelo PSB a deputado estadual
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