spot_img
quarta-feira, abril 24, 2024

Últimos Posts

Muito além da música, A Banca 021 lança o álbum “Lírios São Deusas”

A Banca 021, formada por Ursoleone, GB e Porto, que ganhou notoriedade com a música “Libra”, que acumula mais de 20 milhões de views no YouTube e 14 milhões de streams somente no Spotify, e é um dos nomes forte do Rap Acústico, lança o álbum “Lírios São Deusas” nesta sexta-feira. Com 8 faixas inéditas e um foco maior na MPB, trazendo as raízes do Brasil de forma única, as canções são repletas de conteúdo, sentimento, melodias sofisticadas, instrumental de qualidade, que vai muito além da música.

O projeto inicial, como conta o grupo, não era exatamente esse, mas os caminhos trouxeram um álbum que representa muito A Banca. “‘Lírios São Deusas’ nasceu da necessidade de tentar entender e desabafar a loucura que tem sido o ano de 2020, desde a propagação em massa da COVID-19. Um turbilhão de perguntas sem respostas, um violão e uma janela pra olhar o mundo. Abaixar a frequência e segurar o “Lírios do Gueto” (disco que já estava pronto) era o que tinha que ser feito e foi o que fizemos. Precisávamos disso, precisávamos ser sinceros com todes e por pra fora o que está acontecendo agora! No início de ‘Lírios São Deusas’ ainda não sabíamos pra onde estávamos indo, eram apenas acordes e desafogo, mas sabíamos que estávamos indo…”.

Pensando onde, de fato, começou a se formar o disco, eles dizem: “Um pouco depois do início da pandemia resolvemos ir pra casa de nossas mães em Campo Grande (bairro do Rio de Janeiro onde crescemos) pra ficar mais perto da família e dar o suporte necessário no primeiro estágio dessa loucura toda. Foi punk, nada fluía, nada acontecia. Os filmes, as séries e os livros não ajudavam em nada, nada distraía a cabeça, quem dirá compor. Até que surgiram as primeiras linhas, para nos mostrar mais uma vez que era a arte que ia nos puxar pra cima de novo. A partir daí, com muita fé na Deusa, não paramos mais. Foram duas semanas escrevendo todos os dias dialogando via conferência de vídeo. Foi quando decidimos que era hora de nos unir de novo e ver o que seria dessas músicas. Ainda em Campo Grande, em um home studio improvisado na casa da mãe do GB, foi preciso poucos dias pra montarmos o quebra-cabeça e ficar claro que tínhamos um álbum de quarentena bem na nossa frente”.

Era hora de colocar em prática o que estava rascunhado e pronto para ganhar forma. “Por questões de segurança e conscientização, produzimos e gravamos tudo em casa (com exceção da bateria e baixo), assumindo a estética de como eram as coisas no início da banda, só que com muito mais maturidade e recursos, e dessa vez com o desafio de produzir toda parte musical e visual em um mês. E nada mais justo que o nosso irmão/mentor/produtor/lírio Carlos do Complexo pra assinar mais um álbum da banda. CDC é o cara que está sempre nos bastidores, cuidando para que o nosso som saia sempre da forma mais impecável possível e, dessa vez, com alguns reforços no time: Junior Neves (Engenheiro de Áudio), Thiago Dom (Bateria), Ricardo Guerra (Percussão), Lucien Johathan (Baixo) e Rodrigo Coimbra (Mixagem & Masterização)”, explicam.

Um dos destaques do disco é o single “Moradia”, que na batida leve realça o romantismo e a esperança da letra. “No ano mais confuso de nossas vidas, dançar conforme o caos tem sido o combustível para continuar seguindo em frente, acreditando que a esperança de um futuro melhor não é utópica, mas também com a certeza de que nada acontece sem luta e amor”, conta o grupo.

O clipe da faixa também merece atenção por ter sido filmado em formato de plano sequência. O vídeo, como todo o material visual do projeto, foi gravado em Petrópolis/RJ, apenas com um iPhone e uma câmera de mão (mini-DV), durante os quatro dias que a banda ficou com a companhia de Bryan Leone (Fotógrafo/Diretor Criativo). “Vivemos intensamente os 4 dias, um verdadeiro mix de criatividade e desafio em jogo”, confidenciam.

O disco também abre espaço para novos artistas, são 6 participações que trazem ainda mais brilho ao projeto: Luciane Dom (em “Céu Azul da Cor do Mar”); Nyna ( em “Letra A de Amor”); Quel (em “Quando Der Vou Ver o Mar”); Afroito (em “Cor de Mel”); Joca e Kalebe (em “Menina Poeta”). Sobre os convidados, o grupo explica: “Decidimos realizar o desejo que tínhamos a algum tempo, de mostrar pro nosso público uma galera que a gente pira no som, e que estão no início de suas carreiras, ampliando o movimento para mais pessoas. Xs lírios estão por aí fazendo coisas incríveis e, para nós, membros de uma banda que nasceu no gueto, nunca existiu a ideia de conquistar os espaços sem um propósito que não fosse plural. O futuro é coletivo”.

Tudo em “Lírios São Deusas” foi pensado e planejado a dedo. A capa é a vista da janela do home studio em Campo Grande/RJ. A ideia era que fosse uma imagem emblemática para este ano. “Já tínhamos a capa pronta na nossa frente antes de tudo. Foi só questão de entender os sinais, junto ao propósito de termos uma capa que daqui a 10 anos a gente olhe e represente realmente o que foi o ano confuso de 2020, o ano que mais vimos a vida passar da janela”.

A primeira amostra do disco, “Cor de Mel”, com Afoito, foi lançada no início de outubro e foi um ótimo cartão de visita. O áudio completo de “Lírios São Deusas” está disponível em todas as plataformas digitais.

ÚLTIMOS POSTS

Não Perca