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sábado, abril 27, 2024

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Mercado fonográfico brasileiro fatura R$ 2,9 bilhões, com crescimento de 13,4%, em 2023

A Pro-Música, entidade que representa as principais gravadoras e produtoras fonográficas do Brasil, apresenta o seu relatório anual sobre o mercado fonográfico brasileiro de 2023. Seguindo a tendência de crescimento, o setor registrou um faturamento de R$ 2,864 bilhões, representando um aumento de 13,4% em comparação ao ano anterior. Com esse resultado o Brasil mantém sua posição no 9º lugar no ranking do IFPI, a Federação Internacional da Indústria Fonográfica, consolidando-se como um dos maiores mercados do mundo.

A íntegra do relatório Mercado Fonográfico Brasileiro 2023 está disponível no site da Pro-Música, ou através do link, trazendo detalhes sobre o desempenho do setor no último ano. O crescimento do mercado fonográfico nacional superou a média global pelo sétimo ano seguido, segundo o relatório do IFPI divulgado também nesta quinta-feira, 21.

O fator determinante para este crescimento no Brasil continuou sendo o streaming, que representou 87,1% do total das receitas do setor, um aumento de 14,6%, totalizando R$ 2,5 bilhões. O streaming por assinatura em plataformas como Spotify, Youtube Music, Deezer, Apple Music, e outros, registrou um crescimento de 21,9%, atingindo R$ 1,6 bilhão. Já o streaming remunerado por publicidade teve crescimento de 7,3% com vídeos musicais e leve queda de 1% no segmento de áudio.

O relatório internacional do IFPI Global Music Report, divulgado hoje aponta que a indústria global de música gravada cresceu 10,2% em 2023, também impulsionada pelo streaming. Os números divulgados pelo IFPI mostram que as receitas totais no mundo em 2023 foram de US$ 28,6 bilhões. O faturamento do streaming de áudio por assinatura aumentou 11,2%, alcançando 48,9% do total do mercado, através de 667 milhões de usuários de contas de assinatura pagas, ao final de 2023. O relatório completo do IFPI está disponível no site da entidade

Já o relatório da Pro-Música aponta que, no Brasil, o faturamento alcançou R$ 2,5 bilhões apenas em vendas digitais e físicas, um aumento de 14,5% em relação a 2022. As receitas oriundas de execução pública para artistas, músicos e produtores fonográficos cresceram 4%, somando R$ 336 milhões, enquanto as de sincronização tiveram um salto de 87%, alcançando R$ 14 milhões. Ao todo, o setor atingiu R$ 2,9 bilhões em 2023, mais que triplicando seu faturamento nos últimos seis anos. 

O levantamento traz ainda o ranking das 200 músicas mais acessadas nas plataformas de streaming em 2023. Confira o top 10 abaixo e acesse o site da Pró-Música para a lista completa das 200+. O levantamento realizado pela Pro-Música é o único da indústria fonográfica a considerar as músicas mais acessadas em plataformas de streaming Brasil, incluindo dados combinados e ponderados economicamente de Spotify, Youtube, Deezer, Apple Music, Amazon Music e Napster, compilados pela empresa espanhola BMAT.

O relatório da Pro-Música também destaca o crescimento do mercado físico, que, apesar de representar apenas 0,6% do total das receitas, alcançou R$ 16 milhões, o maior patamar desde 2018, com um crescimento de 35,2% em relação a 2022. Os discos de vinil foram o grande destaque, com vendas de R$ 11 milhões, aumento de 136,2% e se tornando o formato físico mais vendido, ultrapassando os CDs.

Segundo Paulo Rosa, Presidente da Pro-Música Brasil: “Os números de 2023 do mercado fonográfico brasileiro continuam a apresentar crescimento acima da média mundial divulgada pelo IFPI em Londres. O Brasil cresce 13,4% comparado a 10,2% de incremento do mercado mundial. É assim há pelo menos sete anos consecutivos, refletindo principalmente a consolidação do streaming como modelo de distribuição musical dominante, tanto em nosso País como em todos os mercados de música do planeta. Esse crescimento é resultado dos contínuos investimentos feitos pelo setor de produção fonográfica em geral, nos artistas e na criação e promoção de música nacional gravada bem como em sua distribuição digital, o que retroalimenta o mercado de streaming, e contribui decisivamente para torná-lo cada vez mais diverso e consistente, fato comprovado pela presença maciça de música brasileira (93,5%) entre as mais acessadas em todas as plataformas de streaming musical operando no Brasil”.

Ainda de acordo com o executivo: “Os mais de 50 milhões de brasileiros engajando-se com a música de sua preferência através das plataformas de streaming, indicam que, tanto no modelo de assinatura, quanto no remunerado por publicidade, há ainda um espaço considerável para seguir crescendo no País. Apesar dos bons resultados até o momento, o setor se preocupa com o uso de ferramentas robotizadas para criação de streams falsos, tipo de ‘impulsionamento’ que constitui prática ilegal e fraudulenta, e os impactos negativos que o uso da Inteligência Artificial Generativa podem vir a causar no ecossistema do mercado de música gravada. Quanto a este último assunto, em discussão atualmente no Congresso Nacional, estamos trabalhando e esperamos que todos os setores criativos, música inclusive, tenham a devida e justa proteção nas novas regulações sobre o uso responsável de IA no Brasil e no mundo”, aponta.

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