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sábado, abril 20, 2024

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Há trinta anos, Afrika Bambaataa, Run DMC e Beastie Boys lançaram discos que comprovaram a diversidade na produção musical do hip hop

Manos, parceiros e sons

A aliança criativa entre integrantes do hip hop e produtores da cena eletrônica e rock teve como resultado alguns discos clássicos.

Em 1986, em parceria com os produtores Arthur Baker, Keith LeBlanc, Skip McDonald e Doug Wimbish, Afrika Bambaataa explorou o que havia de mais novo no mundo dos sintetizadores. Planet Rock – The Album entrou na lista dos melhores discos dos anos 80 e está no livro 1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer.

O disco é uma compilação de singles, os hits “Planet Rock”, “Renegades of funk” e “Lookin’for the perfect beat” mostraram o poder do electro-funk para uma juventude com sede de novidades.

O single “Planet Rock” foi lançado em 1982 e, sem dúvida alguma, é um dos símbolos sonoros do hip hop.

Brancos, Negros, Rap e Rock

Rick Rubin, produtor e mago da indústria do rap, fundador da Def Jam  Records, foi responsável pela produção de dois discos que marcaram o ano de 1986 e repercutem até hoje pela sonoridade, polêmica e atitude.

O trio Run DMC conseguiu alcançar o grande público e ultrapassar os espaços geográficos do cenário rap com seu terceiro álbum, Raing Hell. Sons épicos cheios de guitarras e batidas pesadas podem ser destacados, como a faixa que dá nome ao disco e o hit “Walk this way”, releitura feita em parceria com a banda Aerosmith, autora da música original. “My adidas” e “Peter piper” representam um rap mais puro que conquistou pistas e batalhas de b-boys.

Em Licensed to lll, dos ex-punks e agora rappers Beastie Boys, Rick Rubin repetiu a fórmula cheia de samples, programações e muito rock – algo que também utilizou nas músicas de LL Cool J, mas essa é outra história. A lírica do disco não é lá essas coisas, mas a energia que Mike D, MCA e Ad-Rock, todos artistas brancos, colocaram em seus flows marcou época e influenciou gerações.

“No sleep till Brooklyn”, “Girls”, “Figth for your right”, “Brass monkey”, entre outras faixas, fizeram – com a venda de milhões de cópias – Licensed to Ill ser o primeiro disco de rap a entrar no topo da parada pop da Billboard.

Homofobia
O nome original do disco dos Beastie Boys era Don’t be a Faggot, “não seja uma bicha ou não seja um viado”, mas a gravadora Columbia pressionou Russel Simmons, outra mano forte da Def Jam que gerenciava o trabalho do grupo, e exigiu que trocassem o título, que apesar de ser uma manifestação popular entre os jovens (nada diferente dos dias de hoje), era uma demonstração de homofobia. Anos depois, os integrantes do Beastie Boys pediram desculpas pelo ocorrido.

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