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terça-feira, abril 23, 2024

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Especial: GOG fala sobre sua trajetória sonora em obras que marcaram o rap

Direto do DF, um dos rappers mais importantes da cena brasileira comenta seus discos com exclusividade no ZonaSuburbana. O Poeta do Rap Nacional já lançou o clipe “Escrevo Demais e está na fase final de seu novo EP.

PESO PESADO
O ano era 1992, a oportunidade de fazer uma parceria com a gravadora Discovery culminou com um compilado onde em um dos lados do vinil eu gravei quatro faixas. O grande destaque foi a faixa “Peso Pesado”, com participações do Marcão, do grupo Baseado nas Ruas, e do DF Movimento, com produção do DJ Raffa. Foi minha primeira música a tocar nas rádios do DF e meu passaporte para São Paulo. Foi uma emoção chegar na Terra da Garoa e ouvir minha voz nas rádios e nos bailes.

VAMOS APAGÁ-LOS…COM NOSSO RACIOCÍNIO
Em 1993, lancei o primeiro selo de um rapper brasileiro e esse disco que é um marco na fusão do rap e o rock. A partir daí, comecei a viajar com mais frequência. As faixas “A Voz do Brasil” e “Assassinato Sem Morte” foram bastante executadas. Era época do Projeto Rap Brasil, na Radio Metrô FM, sob o comando de Armando Martins. As duas faixas chegaram várias vezes ao topo, sendo as mais pedidas. Meu nome começou a circular nacionalmente.

DIA A DIA DA PERIFERIA
A produção industrial e mental estava a todo vapor. Em 1994, é a vez desse disco que é considerado um clássico do rap nacional e que contém seis faixas, praticamente um EP pela quantidade e um LP pelo tempo de duração. “Dia a Dia da Periferia, Assassinos Sociais” e “Brasília Periferia” são estouros nacionais e começo a viajar por todo o território nacional. Era lindo demais ver os olhos das pessoas brilhando, cantando e falando deles, de gente que o rap nacional passou a dar voz. Não que não tivessem, mas passar a ser unidas e amplificadas.

PREPARE-SE
Produzido pelo saudoso Fabio Macari, no Atelier Studios, em São Paulo, no ano de 1996. Foi meu primeiro disco gravado fora do DF e traz os clássicos “Razão pra Viver” e “Periferia Segue Sangrando”, faixa da qual lancei meu primeiro videoclipe. Com o lançamento desse trabalho começo a ser chamado carinhosamente pelas pessoas de “Poeta do Rap Nacional”.

DAS TREVAS À LUZ
Produzido por Fabio Macari e Elyvio Blower, esse disco gravado em 1998, em parceria com a Zambia Fonográfica, traz clássicos como “Brasília Periferia – Parte 2” e “Matemática na Prática”, faixa que originou meu segundo videoclipe, também produzido por Juarez Petrillo. O disco atingiu a marca de 100 mil copias vendidas, sendo que 16 mil no dia de seu lançamento.

CPI DA FAVELA
Esse disco foi gravado no ano 2000, em parceria com a Zâmbia e produção do DJ Raffa. “CPI da Favela” traz os clássicos: “É o Terror”, “Brasil com P”, entre outros destaques. Marca também o fim da formação original. Dino Black, Japão e Manomix partem para outros projetos que viriam a se consagrar como A Máfia, Viela 17 e Dino Black (solo).

TARJA PRETA
Em parceria com a Face da Morte Produções, produção de Diogo Costa e Vision Studio. Gravado no Riacho Fundo em 2004. Apresento ao Brasil Demis Preto Realista, Crônica, DJ Bira e Gato Preto, que formariam o grupo A Família. É o meu primeiro e único disco duplo e traz os clássicos: É o Crime” e “O Amor Venceu a Guerra”, mas foi a faixa “Eu e Lenine (A Ponte)” que me levaria a gravar o Acústico MTV – Lenine, dando início a uma caminhada que levaria a gravação do meu primeiro DVD – GOG – Cartão Postal Bomba! , no ano de 2007. Outra curiosidade é que a faixa “A Rima Denuncia” seria título do meu primeiro livro, lançado em 2008.

AVISO ÀS GERAÇÕES
Lançado em 2006, foi produzido por Diogo Costa, Vision Studio e gravado no Riacho Fundo em 2006. Traz os clássicos “Carta à Mãe África” com participação de Ellen Oléria e “Quando Pai se Vai”, com Angel Duarte. O Brasil conhece o rapper Rapadura, um dos mais talentosos artistas de sua geração, que produziu a faixa “Cavalo Sem Dono Selvagem” que deu origem ao videoclipe dirigido por Leo Hermont.

CARTÃO POSTAL BOMBA (CD E DVD)
Acústico gravado na Sala Martins Pena do Teatro Nacional, no ano de 2007, e lançado em 2009, traz as participações mais que especiais de Lenine, Maria Rita, Gerson King Combo e Paulo Diniz, numa época em que parcerias com a MPB não eram comuns. Completam o time Rapadura, Lindomar 3L, Ellen Oléria, Indiana Nomma, Kiko Santana, Nego Dé, Mascote e a Banda MPB Black.

GENIVAL OLIVEIRA GONÇALVES
Lançado em 20 de novembro de 2015, com 19 faixas produzidas por 13 produtores brasileiros e direção de produção de Higo Melo, no Q Studio, é o primeiro disco em que um artista do rap nacional coloca seu nome como título. Traz as participações de Zeca Baleiro, Dhi Ribeiro, Zé Brown e Kalyne Lima. O Brasil passa a conhecer meu novo parceiro de palco, Victor Vitrola, que recebeu elogios de Chico Buarque, por sua interpretação de “Desconstrução”, uma das faixas do novo trabalho.

COLETÂNEAS 
GOG Convida
Foi a primeira coletânea de Rap do Distrito Federal. Apresentou talentos como o grupo Voz Sem Medo e Ideologia e Tal. Lançada em 1999, pela Só Balanço, trouxe ainda os grupos Sentença de Morte, Fogo Cruzado e Face da Periferia. Este trabalho tem produções de Elyvio Blower e DJ Brother.

Famlia G.O.G – Fábrica da Vida
Morei em Hortolândia, interior paulista de 1999 até 2001. Eu queria muito deixar uma marca da minha passagem, e a coletânea trouxe essa oportunidade. O disco abre com uma poesia de Sergio Vaz, o Poeta da Periferia e apresenta ao Brasil os grupos UDQ, Canto B, C.R.V., Direto do Gueto, QI e os parceiros Gato Preto, Crônica e Demis Preto Realista, que formariam A Família, consagrada no clássico “Castelo de Madeira”. Lancei duas faixas inéditas: “Fogo no Pavio” e “Tira a Bala”.

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