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quinta-feira, abril 25, 2024

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Emicida lança o seu segundo livro infantil, intitulado “E foi assim que eu e a escuridão ficamos amigas”

Teve um momento em que Emicida percebeu que era preciso chegar mais cedo na vida das pessoas, preenchendo vazios e ausências com referências bonitas. Foi esse entendimento que levou o rapper a fazer a sua estreia como escritor, em 2018, com o livro infantil “Amoras”. Ele acredita que, se falarmos com as crianças sobre as questões importantes da vida, elas se tornam mais fortes na hora de enfrentar as maldades do mundo. É justamente a aflição na escuridão, que é tão dura a ponto de calar a sede de aventura, que se torna tema central do segundo livro do artista. E foi assim que eu e a escuridão ficamos amigas tem ilustrações de Aldo Fabrini e chega ao mercado no mês de outubro pela Companhia das Letrinhas.

A pré-venda tem início hoje, 21 de setembro, exclusivamente no site da Laboratório Fantasma, confira aqui.

Foi em uma noite em claro, durante uma viagem ao Vietnã com a família, que Emicida se debruçou sobre papel e caneta para fazer rimas sobre a escuridão. Quando o dia amanheceu, o novo livro infantil estava pronto. A experiência da paternidade colaborou na rapidez do processo criativo. “Minha filha mais velha já não tem medo do escuro, mas a mais nova ainda tem. Pensando nos momentos em que ela acorda e temos que passear pela escuridão cantando baixinho, ficou muito mais fácil escrever o livro”, revela Emicida.

“E foi assim que eu e a escuridão ficamos amigas” é uma aventura que se desenvolve envolta por sentimentos que assombram. Na jornada, as personagens se deparam com o desconhecido e se encontram com a personificação do medo e da coragem. “Quantas coisas bacanas deixamos de fazer por medo?”, questiona Emicida em uma indagação que se estende aos adultos. Ele ressalta, contudo, a importância de enxergar as diferentes imagens às quais o sentimento pode estar ligado, para além daquelas sugeridos em filmes de terror. “É o medo que faz a gente ser cuidadoso com a realidade. Existe o medo de magoar alguém, por exemplo. Por isso, ele surge na história como um conselheiro muito preocupado. Mas assim como todo bom amigo, ele também tem de saber a hora de ficar quieto”, define.

Dessa forma, o livro propõe que o medo não seja visto como algo naturalmente mau, mas como uma coisa que precisamos colocar no devido lugar. E nos convida a entender a sua importância sem deixá-lo ocupar o centro da nossa existência — para, assim, abrirmos o caminho para a felicidade.

Por mais que o livro tenha sido concebido nos últimos dias de 2019, em um período em que a pandemia do novo corona vírus ainda não tinha chegado ao Ocidente, é inevitável não fazer uma relação do seu conteúdo com o atual momento. “Refleti muito sobre a importância de fazermos as pazes com todos os nossos sentimentos. Inclusive, com esses tidos como menos nobres”, pontua Emicida. “Falar sobre isso agora é uma forma de reorganizar as nossas emoções. É importante pacificar o nosso interior de uma forma urgente, principalmente as crianças, porque os pequenos sabem e sentem absolutamente tudo o que está acontecendo. Temos que falar com eles sobre isso considerando a sua grande capacidade de percepção”, conclui.

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