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sexta-feira, abril 19, 2024

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Samantha Machado estreia álbum “Mvltifvcetvdv em Lvpidvcvo Constvnte”

Desde que o cantor James Brown deu a régua e o compasso para a soul music e o funk com “I Got You (I Feel Good)”, em 1965, que os artistas brasileiros se aprimoraram a assimilar essa sonoridade, misturá-la com os gêneros locais e criar sua própria versão de música dançante. Tim Maia e Banda Black Rio, nos anos 70, cruzaram o estilo americano com o samba, o baião e o forró. O R&B romântico de artistas como Usher e Boyz II Men temperou o movimento do pagode dos anos 90. Pois a cantora paulistana Samantha Machado é o novo nome da constante evolução da música preta brasileira. “MVLTIFVCETVDV EM LVPIDVCVO CONSTVNTE”, sigla para “Multifacetada em Lapidação Constante”, seu disco de estreia que desembarca esta semana nas lojas e plataformas de streaming, o qual reúne o que existe de mais contemporâneo no soul, no hip hop e no eletrônico, mas com a preocupação de manter uma identidade nacional.

Samantha, 26 anos, é natural de São Paulo, mãe de Ísis (que ocasionalmente atua como sua parceira) e iniciou sua trajetória no universo eletrônico. Três anos atrás, ela emplacou “Portal do Universo” ao lado do DJ Chapeleiro. A canção se tornou um hit nas pistas e fez com que Samantha se tornasse um nome de ponta. E que nome: a tríade formada por “Nunca Vai Mudar”, “Peter Pan” e “Nave Espacial” passou das 50 milhões de execuções em plataformas como Spotify e despertou a atenção da gravadora Warner Music Brasil, que veio a contratá-la em outubro de 2019. O primeiro fruto dessa colaboração é “Multifacetada em Lapidação Constante” (em nome da praticidade, vamos dispensar o nome em código), que foi precedido pelo single “Pirata“. Aideia inicial era dividir o álbum em três EPs de cinco faixas cada, mas no final optaram em lançá-lo por inteiro.

A decisão de apresentar “Multifacetada em Lapidação Constante” se mostra acertada. Escutado por inteiro, o álbum soa como uma biografia musical da cantora e rapper.

Multifacetada em Lapidação Constante” é o primeiro trabalho por inteiro de Cayo Chaves, ou melhor, CHVZ, um paulistano de 27 anos que iniciou a parceria com Samantha no EP “Ponta do Iceberg“, de 2019. É coisa de veterano, uma produção moderna, que alterna guitarras do neo-soul (“Coisa Séria”) com violões (“Jeito Difícil”, “Luta”), arranjos que remetem às músicas nordestina e latina (“Cigana” e “Semente”). Há que se destacar, ainda, as participações – ou featuring, como se usa nos dias de hoje – de SóCiro (“Pirata”), Leo Rocatto (“Questão de Tempo”), Kweller (“Instagram”), Diomedes Chinaski (“Eles Querem”) e Guhhl (“Jeito Difícil”), que imprimiram suas marcas nas ideias de Samantha. “Multifacetada em Lapidação Constante” é um disco de soul brasileiro, de categoria internacional.

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