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terça-feira, março 19, 2024

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Peça teatral “Será Que Vai Chover?” valoriza protagonismo negro com histórias cotidianas

Independente da cor da pele toda pessoa vive histórias cotidianas, porém na TV e cinema negros quase nunca desempenham esses papéis. Segundo dados de estudo publicado em 2015, que analisou 162 telenovelas “globais”, transmitidas entre 1984 e 2014. Dos atores e atrizes escolhidos para personagens centrais nas diferentes produções, apenas 8,7%, na média, eram pretos.

Tendo em vista que essas narrativas criam valores e esses valores interferem na vida das pessoas negras, o Coletivo Preto em parceria com a Príncipes Negros, vem desenvolvendo projetos visando o protagonismo negro em papéis com narrativas cotidianas, que normalmente negros são provados de atuação. Explica o ator Licínio Januário. “A gente vem tentando dar a representatividade que a televisão e o cinema não nos dão, com histórias cotidianas que normalmente são representados por atores brancos”, frisa.

O primeiro trabalho foi a peça “Lívia”, história poética da trajetória de uma mulher, tão simples e incrível quanto qualquer outra, que vê seus planos serem completamente alterados pelos acontecimentos que sua vida lhe impõe.

Agora é a vez de “Será Que Vai Chover?”. O choque de três diferentes visões sobre questões sociais da atualidade resulta no surgimento de uma grande amizade e um triângulo amoroso. A atriz Eli Ferreira e os atores Licínio Januário e Matheus Corcione estreiam com o espetáculo “Será Que Vai Chover?”, no Teatro Eva Herz. A peça narra a relação entre uma atriz, um guia turístico e um ativista social.

No pulsar da percussão da vida, as ideologias de Sandra, Bruno e Yuri se chocam, deixando ainda mais turbulento e ritmado os encontros e desencontros da cidade grande. Munidos de suas visões individuais relacionadas às questões sociais contemporâneas, os três acabam seguindo caminhos desconhecidos.

-Nesse espetáculo trabalhamos a inversão de papéis, são quatro negros em cena e um branco. O que normalmente seria o contrário”, destacou Licínio.

Com os olhares distintos da direção de Matheus Marques e Orlando Caldeira, o espetáculo é uma adaptação do primeiro texto de Licínio JanuárioTodo Menino é Um Rei”, no qual o rendeu o prêmio de melhor ator da 19ª edição do Festival de Teatro do Rio e também concorreu a melhor texto dessa edição. Três anos depois da primeira montagem, o texto evoluiu assim como a audácia em expor as questões sociais.

Embalada ao som dos músicos Reinaldo Junior e Chico Bruno e direção musical de Reinaldo Junior a peça mantém um dos propósitos da primeira montagem que é trazer à tona importância da preservação do samba de roda, que faz parte da trilha do espetáculo.

O espetáculo fica em cartaz terças e quartas-feiras de 5 de junho a 25 de julho, a duração é de 80 minutos e a faixa etária 12 anos. O Teatro Eva Herz fica na Rua Senador Dantas, número 45, Centro, Rio de Janeiro – RJ.

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