Em uma viagem ao Japão, o novo clipe de Branko produzido pela Damn Producers tem como referência as artes milenares japonesas. Ambientado no bairro da Liberdade, reconhecido pela presença da cultura nipônica, Branko mergulha nessa tradição tão antiga para resgatar a sagacidade e poder dos ninjas.
Caracterizado pelos movimentos discretos, furtivos, e pelo disfarce, “ninja” vem da palavra “ninjutsu“, que em japonês significa “técnica de aguentar, suportar“. Em “Lenda“, Branko lembra que essa força e destreza está no rap, na arte e em diversas outras áreas através de figuras lendárias. “O status de lenda é dado à quem executa, em vida, feitos que ultrapassam a própria existência, sendo vividos e relembrados após a morte“, conta Branko.
Essas lendas, que estendem seu legado após a morte são homenageadas no final do clipe. Entre elas, ícones mundiais como Brucee Lee, Bob Marley, Nelson Mandela, Michel Jackson, Muhammad Ali, Freddie Mercury e Tupac, lendas brasileiras como Tim Maia, Sabotagem e Chorão, e nomes que deixaram o mundo mais recentemente, como a vereadora Marielle Franco assassinada no Rio de Janeiro, a estrela do Lakers Kobe Bryant que faleceu esse ano, e Mc Mineiro, rapper da cena paulista que se suicidou no fim de 2019.
Portando a caneta como uma arma “que faz ratá tá tá tá“, mais uma vez o artista usa a música para somar suas críticas sociais com rimas cortantes em ritmo rápido e preciso, como a faca de um guerreiro. Com beat oriental da Infinity Prod ao fundo e cheio de referências históricas, cinematográficas e musicais, Branko joga sua originalidade na mesa provando que “é assim que uma lenda vive“. Resgatando o respeito e a ancestralidade dos mestres japonesas, o artista mostra que veio para aprender com as lendas e se tornar uma.
