JuPat divulga seu primeiro disco, “Toda Mulher Nasce Chovendo”. Composto por 13 faixas autorais e completamente biográficas, trabalho, sobre o nascimento por meio da transformação de um estado físico para o outro, surgiu da necessidade que a artista tinha em entender-se como uma nova pessoa, registrando e recriando a si mesma.
O trabalho, que tem o peso do rap e as experimentações do trip-hop, faz um retrato profundo e muito particular envolvendo o processo de transição de gênero da artista, além do término de um relacionamento longo e hétero.
“Eu estava saindo de uma relação que havia durado 10 anos e, ao mesmo tempo, me apresentando como mulher para o mundo. Compor era um jeito de aliviar a existência que, naquele instante, me transbordava. Não tinha nenhuma pretensão, mas, hoje, percebo que produzi um registro de resistência. É uma busca beauvoiriana do que significa não nascer, mas, antes disso, se tornar mulher”, explica.
Produzido por Rasec, com alquimia final de Pipo Pegoraro, álbum tem o peso do rap, as experimentações transcendentais do trip-hop e as divagações de um corpo netuniano em melancolia tropical.
Ouça, abaixo: