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sexta-feira, abril 26, 2024

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Jay Z e Timbaland são comparados à Ku Klux Klan no processo pelos direitos autorais por “Big Pimpin”

Neste ano os rapper Jay ZTimbaland estão enfrentando uma longa disputa judicial que se arrasta desde 2007 sobre os direitos autorais do clássico “Big Pimpin”, faixa originalmente presente no álbum “Vol. 3… Life and Time of S. Carter” lançado em 2000. A questão é que a faixa sampleia a “Khosara Khosara”, do compositor egípcio Baligh Hamdy.

Em 2007 o herdeiro de HamdyOsama Fahmy, processou Jay ZTimbaland e todo os envolvidos na produção da faixa. Um dos pontos críticos no processo foi em fevereiro deste ano quando a juíza Christina Snyder entendeu que, apesar de Hamdy não ter aprovado por escrito a autorização do sample, o compositor abriu mão de seus direitos autorais ainda em vida quando permitiu que outro músico interpretasse “Khosara Khosara” sem qualquer tipo de pagamento.

O advogado de Fahmy retrucou dizendo que, nada verdade, Hamdy aprovou o uso para aquele músico específico mas não para trabalhos derivados, onde teria o direito de interceder e negar o uso da faixa.

Para exemplificar isso, o advogado de Fahmy criou uma analogia onde a música poderia ser usada em um vídeo de recrutamento para a Ku Klux Klan e, nesse caso, Fahmy (ou Hamdy, ainda em vida) teria o direito de processar o diretor desse vídeo de recrutamento. Nessa linha de raciocínio, se justificaria o processo de Fahmy contra Jay ZTimbaland.

O argumento pode até seguir uma linha de raciocínio, mas Jay ZTimbaland e seus advogados não gostaram nada de serem negros, de famílias que sobreviveram ao terror da Ku Klux Klan, e serem comparados ao KKK. Os advogados dos rappers escreveram:

A comparação que ele fez entre um trabalho ficcional criado por afro-americanos pioneiros e interpretado por afro-americanos em uma forma musical à um trabalho não-ficcional que promove um grupo de supremacia branca que impôs um verdadeiro reino de terror aos afro-americanos que tinham acabado de conquistar sua liberdade na região Sul dos EUA que acabara de passar pela Reconstrução, usando de ações violentas como queimar cruzes, linchamento, incêndio culposo e chicotadas, demonstra um grande nível de insensibilidade a questões raciais que atravessa os limites de uma advocacia responsável”.

Por enquanto, o processo segue em andamento sem previsão de término.

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