Nesta semana ganhou destaque nas redes sociais uma escultura localizada na frente do local onde será realizada a cerimônia do Oscar neste domingo (26). A escultura mostra Kanye West pintado de ouro, de braços abertos, vestindo um par de seu sneaker Yeezy Boost 350, com uma túnica e uma coroa de espinhos que representam Jesus Cristo.
Ninguém parece ter entendido exatamente o que representa essa escultura, entendendo que se tratava de uma crítica à Kanye West que, em mais de uma situação, colocou-se como uma divindade, uma figura quase religiosa.
De acordo com o artista Plastic Jesus, em entrevista para o portal da Billboard, a proposta de sua obra “False Idol” foi exatamente oposta, querendo mostrar o quanto personalidades que revelam detalhes de sua vida pessoal são “crucificadas” pela mídia de uma forma geral. A obra faz parte da exibição “Anesthesia: The Art of Oblivion” que, além de Plastic Jesus, conta com as colaborações de Gibson Brands e a marca de carros de luxo Aston Martin que, em diversas formas de trabalho (esculturas, quadros e instalações artísticas) tem como objetivo provocar reflexões.
Na entrevista, Plastic Jesus disse:
“Como fotojornalista, eu vi muitas vezes nós construirmos alguém como um ídolo, quase como um Deus. Quando nós fazemos de alguém um Deus, surgem expectativas em relação a essas pessoas. E quando essas pessoas mostram que são apenas seres humanos, e que cometem erros de alguma forma, nós então as crucificamos na mídia
Isso aconteceu com Kanye West logo antes do Natal: ele foi internado em um centro médico sofrendo de estresse, ansiedade e paranoia. Mas, como consumidores e como mídia, nós estamos apenas atrás de carne.
Eu demorei quase seis semanas [para concluir a estátua]. Para o busto, tive uma colaboração de um cara chamado Ginger que fez várias imagens de Donald Trump nú. (…) ”
